Costa e Sócrates

Vi no outro dia no Jornal2 a entrevista (ou conferência de imprensa) do António Costa a propósito dos incêndios. Achei estranho que o José Sócrates tenha telefonado mais de duas vezes... quererá isto dizer que o António Costa não sabe contar mais de dois eventos?

Mas há mais importante...

Não posso deixar de concordar que também o primeiro-ministro tem direito a férias e que, desde que haja responsáveis da sua confiança a governar o país, não se deve sentir forçado a interromper as suas férias a cada sobressalto (pequeno, grande ou enorme) que se verifique no país. Parece-me aberrante este conceito generalizado (não só em Portugal) de que o primeiro-ministro deveria voltar a correr. Será que ele iria apagar os fogos ele mesmo? Ou apenas inteirar-se da situação junto dos responsáveis? Se a resposta é a segunda, então também o pode fazer por telefone ou mesmo por interposta pessoa da sua total confiança.

Parece-me bem que se interesse mas, se preparou bem as suas férias e a correspondente substituição, nem seria mesmo necessário telefonar. Em caso de necessidade absoluta, telefonar-lhe-iam para lhe pedir a sua ajuda!

Claro está que em semelhante cenário, nunca poderia fugir a responsabilidades atrás de um não sei, estava de férias!

Quantos de nós gostariam de ver as suas férias interrompidas quando pessoas responsáveis ficaram em nossa substituição?